que encobre o drama, dirige ilusões,
rouba até da dor a imensidade
e com a sua poeira expulsa canções .
Prisão de corredores ao relento
cortina de pó voltada para o céu
fumeiros sujos que escondem dentro
o pulmão da vida que prendeu.
Um cheiro de amor maltratado
por um bosque de pedra arrematado
por janelas sem calor maternal...
As portas, tocas sem ninhos,
paraíso esquivo, sem carinhos,
expulsando as aves do beiral.
*Poema de Fernanda R-Mesquita, em destaque, na 61a. Revista Ponto & Vírgula (outubro/novembro/dezembro/2022) - Pág. 13
Leia a Revista na versão digital
Comentários
Enviar um comentário