Palavras amargas, chulas, cruéis,
palavras de críticas ou de preconceitos,
que ferem, envenenam o coração.
Deixam marcas, ceifam sonhos,
causam dor, desilusão ...
Mas se forem ditas
com carinho, empatia,
valorizam, enaltecem,
parecem uma prece,
balsamizam, aliviam...
Palavras envolventes, ousadas,
que são sussurradas,
bem ao pé do ouvido,
não dá para conter,
provocam arrepio, gozo, prazer...
Palavras em desuso,
retrógradas, sem nexo,
que vagam ao léu,
esquecidas, descansam
na folha de um papel.
*
Poema de Helena Agostinho na página 20 da antologia "As Palavras Voam!" -
Editora FUNPEC-RP - Coordenadora: Irene Coimbra
HELENA AGOSTINHO é Presidente da União dos Escritores Independente de Ribeirão Preto; União Brasileira dos Trovadores, da Sessão de Ribeirão Preto. Titular da cadeira 62 da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto. Ocupa a cadeira 32 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro.
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