BOLA FLUTUANTE- Cassinha Lopes

 



    Se uma bola flutuante eu fosse e pelo universo percorresse, talvez não desejasse tanto um amor doido feito esse.
    Nessa luta incessante sem chance de vencer, vivo a todo instante porção de angústia e prazer.
Não era bem esse o sentimento que queria ter, mas quem manda nessa vida que nunca sabe qual caminho a percorrer?
    Será que não sabe ou de mim quer judiar, não seja assim tão caprichosa com quem somente deseja amar.
    Se uma bola flutuante eu fosse, para bem distante migraria sem deixar de lado os sonhos.
    O teu nome levaria no bico de um beija-flor em forma de poesia.
    Como nada neste mundo depende do nosso querer, os pés firmes no chão tenho sempre que manter, um brinde ao amor eu faço no cálice da sedução e aguardo por tua chegada ainda que seja em vão.

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Poema de Cassinha Lopes, na página 20 da antologia "As Palavras Voam!" - Editora FUNPEC-RP - Coordenadora: Irene Coimbra



















CASSINHA LOPES é natural de Caldas, mas se criou em Poços de Caldas. Escreve crônicas, poesias, peças teatrais de comédia. Gosta de ler, plantar flores, conversar com pessoas simples e inteligentes. É mãe de um casal. Tem 4 netos.

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