DISCORDÂNCIA - Cirlene de Pádua

 


















Do grande Pessoa discordo. 
Pessoa sábia, mas...
Será que o poeta é mesmo
um fingidor? 
Se assim for, 
Poeta não sou.
Transparente, 
espelho emoldurado,
falo de amor,
de tristeza, alegria,
passado/presente,
não de futuro.
Desse não sei de nada,
nem imagino,
nem sei se me lembrarei
de quem sou, fui...
Pra quê?
Tão incerto.

*
Poema de Cirlene de Pádua, na página 22, da antologia "As Palavras Voam!" - Editora: FUNPEC-RP - Coordenadora: Irene Coimbra

CIRLENE DE PÁDUA é poeta, escritora, membro da
Academia Francana de Letras e AFESMIL (Academia
Feminina Sul-Mineira de Letras). Várias obras
publicadas.


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