A ponte é estreita.
Com a visão
os olhos não veem, apenas desejam.
O caminho é árduo,
as pernas estremecem,
a sede de viver aumenta.
O horizonte é meu desconhecido amigo,
tesouro das mãos de Deus.
O intransponível me aguça,
esta barreira de areia seca:
estúpidos grãos no litoral das dores...
Ajuda? Existirá ajuda?
O barqueiro, triste, me viu passar,
mas passou
como a brisa leve de inverno,
e se foi para o nada,
para o fim de todas as coisas
aonde um dia irei, como sua passageira.
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