A pista dançava em
minha frente.
Quase inconsciente,
os freios procurei.
Tomava somente uns
aperitivos,
Sem haver motivos,
me embriaguei.
Troquei o asfalto
pelo acostamento
Abri o quebra-vento
e os vidros fechei.
Parei frente a
frente com o barranco
Me ajeitei no banco
e desmaiei.
Acordei cheirando
agro-pecuária
Pois naquela área
onde eu estava
Ricas pastagens em
ambos os lados.
Melhor raça em gado
se deliciava
Ao me espreguiçar
avistei a dona
Linda amazona ali
cavalgava
Como era praxe o
criterioso exame
A cerca de arame
ela observava.
Ao se aproximar em
minha direção
O seu alazão numa
relinchada
Querendo dizer-lhe
perceba também
Que existe alguém
desmaiado na estrada
Tinha melhorado da
bebedeira
Vi que a fazendeira
era uma parada
Ao invés de gestos
típicos de alarme
Me enchi de charme,
fingi não ver nada.
Ela saltou sobre a
cerca, deslizou pro asfalto.
Olhando do alto o
alazão ficou
Discretamente
destravei a porta
Ela olhou em volta;
em meu carro entrou.
Eu não reagia,
ficou quase louca.
O boca a boca me
recuperou
E o beijo
verdadeiro entrou em ação
Com tanta emoção
que o alazão relinchou.
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