Biografia- Antonio Ventura

 
Antonio Ventura nasceu em 6 de junho de 1948, em Ribeirão Preto/SP e faleceu hoje, 29 de junho de 2017, as 11h da manhã, em São Paulo.

Era Juiz de Direito aposentado e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras.

Oriundo da “geração mimeógrafo” dos anos 1970, fenômeno sociocultural que aconteceu após a Tropicália e que buscava meios alternativos para difusão cultural em plena ditadura, época em que viveu no Rio de Janeiro e vendia seus poemas no Teatro Ipanema, publicando-os nas revistas Rolling Stone e Vozes. Radicado há mais de 15 anos em Mococa, Antonio Ventura, foi fundador e presidente do Grupo Início (que reuniu escritores e poetas da cidade de Mococa), coordenador da União Brasileira de Escritores em Mococa, ganhador do prêmio Governador do Estado de Conto e Poesia, da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, foi crítico de cinema e teatro na revista Bondinho. 
Em 2011 publicou o livro de poemas `` O Catador de Palavras``, e em 2014 o livro `` O guardador de abismos``, pela Topbooks, que foram bem recebidos pela crítica e pelo público.

Antonio Ventura  Débora Ventura , e Irene Coimbra na Livraria da Travessa Ribeirão Preto.
Antonio Ventura, Débora Ventura, Marisa e  e Dr. Francisco — na Livraria da Travessa Ribeirão Preto.







Comentários

  1. Impossível esquecer esse poeta Catador de Palavras e Guardador de Abismos! Ele estará sempre presente no coração de todos que o conheceram pessoalmente e que muito o amavam. Sempre participava de nossos Saraus Literários e fazia questão que a família estivesse unida também nos momentos de declamação de poemas. Jamais me esquecerei do dia que declamou um de seus poemas: "Viagem"

    Viagem
    Antonio Ventura

    Pega em minha mão que te ensinarei a brincar
    por entre minhas árvores
    que não conhecem tantos desertos
    como teu peito.
    Tira teu paletó,
    arregaça a manga de tua camisa cara,
    esquece um pouco teus pequenos problemas
    que afundam teus ombros,
    vem andar comigo na areia.

    Pega em minha mão, que te ensinarei a brincar,
    te levarei para o sol,
    te tirarei dentro dessa cisterna
    onde está lógico e escuro.
    Tocarei em teus olhos,
    te mostrarei o invisível que dança colorido
    e passeia dentro das coisas,
    porque dentro das coisas tem segredos
    tem caminhos.

    Pega em minha mão, que te ensinarei a brincar,
    te levarei pelos lugares
    onde passo com meus brinquedos
    e minhas nuvens.
    Porque estou partindo para o infinito.
    Não tenhas medo, vem
    que te pegarei em meu colo
    e te levarei comigo para o céu.

    Ele já pressentia sua partida para o Infinito. Jamais o esquecerei.

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  2. Que lindo esse poema Irene! Que privilégio, este meu, poder ´´conhecer`` tão grandes poetas, almas tão gigantes, como estes a quem você Irene traz ao seu programa, convida para enriquecer as suas antologias e revistas.

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