Era um dia quente da primavera, que mais
parecia o ponto alto do verão, dia 27 de setembro de 2015 quando a repórter de
um canal de televisão anunciou:
-
Hoje, teremos mais uma oportunidade de ver a lua em tamanho maior e com cores
de sangue, já que este fenômeno acontece raras vezes, devido ao alinhamento do
sol, terra e a lua.
A
noite foi aguardada pelos habitantes do planeta Terra com bastante expectativa,
principalmente aqueles jovens roqueiros que assistiam a mais uma edição do Rock
In Rio, em sua última noite.
E
ela veio aparecendo aqui onde eu estava, em uma região rural, e brotou por
detrás da Serra da Babilônia, uma das que estão no entorno do Parque Nacional
da Serra da Canastra... Nasceu vermelha, nada alegre como sempre nos emociona,
parecia sofrer algo em seu interior, no seu coração, se é que lua o tem.
Abaixei
a câmera com que fazia algumas fotos, sentei-me em uma cadeira de balanço...
e iniciei uma reflexão do porque daquela
tristeza estampada pela nossa amiga de noites dela cheia. Queria
entender o que teria feito aquela lua tão apaixonante se ruborizar a
ponto de perder o brilho ofuscante de todas as vezes que temos costume de
vê-la, e apreciá-la. O que a fez mudar?
Afora
o fenômeno, conjecturei: Será que está envergonhada de seu grande parceiro e
amigo de trilhões de anos, o planeta terra? Não, o planeta não lhe fez nada
para que sentisse esta vergonha toda! Mas pode ter sido algo que os próprios
habitantes deste planeta tenham feito. Ah, sim, só pode ser isso! O “homo Sapiens” encenou tantas coisas
erradas durante os períodos de sua “civilização” (entre aspas mesmo) que a está
envergonhando muito, mas muito mesmo! E ela, a lua, sempre observou de bem
perto a tudo, estarrecida a cada nova “burrada” do homem. Vez por outra se
ruboriza como que fazendo um alerta, sabendo que sempre gostamos de observá-la.
Sim, É UM RECADO!!!
Quem
sabe agora, depois de tantas decepções, entendamos como ela usa de um fenômeno
para nos alertar mais uma vez, para nos fazer acordar e TENTAR NOS SALVAR,
OFERECENDO-NOS UMA ÚLTIMA ESPERANÇA. Vamos aprender a ler as várias faces da
lua e mudarmos comportamentos, assim espero... E pensei alto, falando comigo
mesmo: continuarei fazendo a minha parte!... E você?
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