Um ônibus na Itália,
No trânsito, parafernália,
Num traço trouxe uma boca vermelha,
Uma marrom sobrancelha.
Os olhos fitando outro ponto,
Só dentro do espelho, meio tonto,
Vi um pouco do rosto que atônito
buscava,
Só parte refletida, a curiosidade
aguçava.
Pelas costas a altura, o cabelo,
Era certo o seu modelo.
Aproximei-me,
O rosto busquei,
Àquele da adolescência que amei.
Pra Itália você fugiu
Amou-me e sumiu.
O ônibus brecou,
Ela desceu.
A porta fechou,
Em mim bateu.
Ela não se virou
O rosto não mostrou.
Alguém apareceu
Atrapalhou e a beijou.
Ouvi um psiu.
Estranhei, ela alto falou:
- Ouviu? “bye-bye”, Brasil.
Comentários
Enviar um comentário