Saudade da jabuticabeira,
dos galhos lá na pontinha
onde a gente queria chegar.
Do córrego alegre e falante
No fundo lá do pomar.
Da terra amorosa e quente,
Que se grudava na gente,
Até não mais poder brincar.
Das estrelas tão brilhantes,
Que meu olhar de criança
Não conseguia contar.
Saudade de tantas poeiras,
Dos brejos e vacas leiteiras,
Daquelas ninhadas de ovos,
Segredos ali escondidos,
Só de bem poucos sabidos.
Saudades das noites escuras,
Dos causos de assombração,
Coração batendo sem dó.
Era o Sacy Pererê,
Apertando aquele nó.
Casa da minha infância
Largura e espaço sem fim.
Será que darei este mesmo gosto
Pra quem vier depois de mim?
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