Jogaste fora as
chaves.
Todas as portas, trancadas,
padecem de solidão.
E tu não te cabes
de tristeza e de desolação.
Quem sabe arrombas
as portas?
Quem sabe
convocas o ladrão,
guardado há tempo,
em ti mesmo,
armado de pua,
e gazua,
vontade de arrombamento,
com licença toda tua?
Quem sabe não choram
sangue
todas as fechaduras?
E liberas o sentimento
guardado no tempo do antes,
e te limpas,
e te renovas,
e segues adiante,
e te pões à prova
sem medo?
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