Morte- Fátima Vidal



Morte não é o fim
e sim o despertar da consciência;
É partirmos de um plano denso,
cheio de aflições e medos
para um novo mundo por nós conquistados.

Se na vida terrena fomos facilitadores do bem,
ajudamos sem olhar a quem;
então, poderíamos dizer que a ceifa foi plantada,
a semente, o caule, os galhos e por fim os frutos.

Então, se plantamos pensamentos bons, fraternos,
logicamente receberemos em troca
tudo quanto de bom semeamos.

Quando chegamos à terra,
tudo aquilo que de uma forma ou outra semeamos
com boa vontade, desapego e renúncia,
serão devolvidos a nós da mesma forma.

Morte que a nós chega,
corpo doente, aflito e cansado,
nos faz ver que nem tudo
na vida se conquista.
Cadáveres pensantes somos, às vezes,
na inércia a murmurar.
Esqueletos que apenas vagam
sem rumo certo, a procurar.

Viver na vida sem se modificar,
              apenas ocupamos um lugar;
              onde muitos dariam tudo para nele estar.

Morte, fim, começo, sei lá;
não devemos temê-la,
se estivermos preparados,
quando ela nos buscar.

Morte, muitas pessoas
já se encontram nesse estágio,
quando desiludidos, oprimidos,
sem ânimo para enfrentar a realidade.

Morte, apenas mudamos
de um plano para outro,
continuamos nossa jornada evolutiva,
nos estágios propostos pelo plano espiritual.

Seja a lâmpada que irá clarear
toda essa escuridão; por onde passar,
pois a morte só existe e sempre existirá
àquele que desiludido da vida deixou-a entrar.

Deus nos quer vivos e iluminados

a esse mundo clarear e a morte extirpar.



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