Pontos Facultativos- Fernando de Oliveira Cláudio

Análise é para alguns. Para outros, a própria vida é um retrospecto. No entanto, a língua é o manancial dos problemas. Gerações bem afiadas.  
A vida é uma caixinha de surpresas. Uma equação problemática da existência, um conflito nivelado pela social, em si. 
Ideia absurda é dividir pesos e medidas para o problema. O peso é um só, sem medida, em cima da cabeça. Muitos são os caminhos. A realidade e a diversidade das válvulas de escape encontradas na sociedade faz com que cada um encontre sua forma de estar suspenso com os pés no chão.
Um bom livro, uma noite ao luar; horas e horas de conversa com pessoas especiais, no mais, só risadas. Comédias, tragédias e dramas. O ciclo característico da vida. “Filmes de guerra, canções de amor”. Flores entre os dedos. Nenhum de nós e três engenheiros. 
A vida simples como ela é, é complicada em demasia. O agravo acontece quando se dá a soma do existir “per capita” agregados na linha do tempo e do espaço, vital para a truculência do homem. 
O homem encontra valor em posse do que não tem valor. E assim permanece no ostracismo a sua verdadeira identidade. Entretanto, a singularidade não pertence a todos. Alguns preferem a margem do ser a saborear o lirismo autêntico da vida. E qualquer análise parte de um prisma sem plano definido. 
O contra senso moderno é claro. A dificuldade é princípio certo. Real, exato, genuíno, legítimo, verdadeiro. Caminhos tortuosos, trilhas deslumbrantes. A busca constante do espírito, a paz. 
O equilíbrio entre mente e corpo transborda vida, e vida em abundância no universo psíquico dos seres conscientes e sensientes.  
Uma análise singular define bem mudanças radicais. Novos hábitos, alimentando o espírito c/ com amor, equação que soluciona qualquer problema existencial. Amar ao próximo e dizer sem pensar, evitando a espontaneidade que machuca com palavras não pensadas. Ser útil e preciso. Humano e solidário. 
A magia do universo é inexplicável, tudo é divino. Um dia, as respostas serão encontradas. Incompreendida pelos seres terrestres que buscam cobrir o vazio alimentando a alma de prazer, é triste essa forma de perder a identidade do amor. 
A política, a nova ordem mundial, a inversão de valores, o luxo, tudo remete ao posicionamento do homem na esfera social, não possuindo valor social. Na terra, a construção de um novo mundo é possível, nada mais é do que um castelo de cartas marcadas. 
É preciso romper fronteiras sem estabelecer novos limites. O limite é a escrita do medo em seu coração. É preciso ir além, chegar distante, esquecer do óbvio. Conhecer lugares e outros mares, janelas, estrelas e favelas. É preciso sentir-se vivo, tornar-se existente, nunca ausente o teu brilho, somente um ponto facultativo.

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