Em meio a estes mares,
Onde caminha a solidão,
Vejo um rastro luminoso
Me guiando para o firmamento.
A lua espera
Paciente e materna
De braços abertos
Por sua filha perdida.
Tenta esconder a tristeza
Com seu brilho disfarçado
De ver uma filha perdida
Tão desamparada e solitária.
As ondas crescem
E afogam a minha alma.
Inundado e cansado de lutar,
Meu coração se entrega nessa tão vil batalha.
Por entre braçadas e desilusões,
Desisto de ganhar.
Oh, mãe lua,
Venha me buscar,
Mostrar que sua fertilidade não foi em vão.
Coloque-me nos seus braços
E acabe com as lágrimas,
Misturadas ao sal do mar,
Tão puras quanto meu medo de amar...
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