Recíproco amor O beija-flor tinha uma flor única!- Carlo Montanari


Esta é uma história real entre uma pessoa do bem e um beija-flor também!
      Eles iniciaram um relacionamento importante há mais de uma década quando a primeira visitava, vez por outra, um ranchinho à beira de um lago nas Minas Gerais...
    Um bebedouro foi o elo desta ligação que se tornou amor afetivo.
      Mas, no reino das pequenas aves, funciona a lei do mais forte.  Um lindo beija-flor, daqueles verdes brilhantes, nunca deixava que o marronzinho, por ela chamado de “Zezinho”, meio que um patinho feio entre os mais belos, se utilizasse daquele líquido deixado carinhosamente ali pela Dona. Imagine que esta senhora foi apelidada pelos sobrinhos de “Felícia”, personagem dos desenhos animados que beijava cobrinhas, bom... e só faltava isto, já que  ela dizia criar uma de estimação no seu jardim... 
O marronzinho coletava o néctar em flores, que ela segurava gentilmente em sua boca para ele. 
Muito lindo, as crianças ainda adoram e pedem sempre que ela repita. Até os que hoje já formaram suas famílias sempre pedem que ela demonstre aos seus filhinhos este ato de amor dela com o Beija-flor Zezinho.
      E o verdinho, sempre de vigia, espanta e se posiciona num galho de árvore,  voltando sempre a espantar o marronzinho até que este, espontaneamente, resolva ficar voando, e bem protegido, atrás de sua amiga: o que sempre deu certo! 
Começou a adotar esta estratégia, e Felícia pegava o bebedouro e o deixava se fartar. 
O verde vigiava, mas só iria beber no final, depois do gesto de amor se repetir... 
E já faz anos que esta história de amor recíproco se renova quase todos os dias.
      Justiça sendo feita e este gesto nada mais é do que um “amor de mãe”, eu diria!

   (dedicado à minha esposa: a “Felícia” dos animaizinhos de nossa atual morada, na Pousada “Parada dos Lagos”.



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