Eu edifico poemas, não paredes.
Preciso correr sob o sol, ao som de sirenes e motos.
Os dias são sempre os mesmos, as noites também.
O almoço, o jantar, a ginástica, a enceradeira,
o regime, os aniversários de crianças...
Não há sentido nas palavras amáveis e de felicidade.
O caminho não é programado
e, ao invés do coração,
o computador foi inventado pelo homem.
Somos donos dos aparelhos, não do destino.
E o tempo marcou-se, digitou-se.
Se voltar, voltar, voltar, revien, pode-se consertar.
O paraíso perfeito poderá encher seu relógio só de alegria.
Paro um pouco...
Engraçado, estou falando do passado...
É necessário falar do paladar.
Escovar os dentes, tirar o sabor.
Fazer assim, assim, assim...
O passado passou.
Voltar aos lugares com olhos novos
É a direção do melhor.
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