Ode a Álvares de Azevedo- Ricardo Messias Marques


Vai, senhora
macilenta, azevediana,
mata essa mente insana,
seca a tez que tanto chora.

Ombro não te resta mais,
tampouco um grande amor.
Hoje, te afaga o puro da dor
como nos anos atrás.

Vem, vem à noite sorridente,
abraça a tumba como futuro,
o único horizonte além do muro,
a mais brilhante estrela cadente.

O delírio de toda dor,
no júbilo do açoitar,
sem querer-se mais julgar
no delírio sem pavor.





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