Vai, senhora
macilenta, azevediana,
mata essa mente insana,
seca a tez que tanto chora.
Ombro não te resta mais,
tampouco um grande amor.
Hoje, te afaga o puro da dor
como nos anos atrás.
Vem, vem à noite sorridente,
abraça a tumba como futuro,
o único horizonte além do muro,
a mais brilhante estrela cadente.
O delírio de toda dor,
no júbilo do açoitar,
sem querer-se mais julgar
no delírio sem pavor.
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