Ato I – A ESCOLHA INCONSCIENTE,PAIXÃO CEGA E ARDENTE
Um dia começou a lua de mel, mascarada com o Fel.
O palco estava armado. Em cena o amado contracenando com a amada,
uma tragédia, recriações infantis...
Ai veio o ciúme-exagero em nome do amor, agressões por
insatisfações e pelo desejo não ser satisfeito na hora. Um esperava muito do outro...
Então quando a amada viu seu destino, pediu para a cena acabar,
mas como toda tragédia tem seu meio e seu fim... Da então amada, o amado estava
afastado, lágrimas e vontade de ir embora... Do amado só sentia seu silêncio
que até incomodava.
Quando cerraram-se as cortinas, na plateia, além de todos, estavam
os filhos...
ATO II – CONTINUAR POR ESCOLHA DESTRUTIVA, QUE IMPLICA EM DOENÇA,
OU MUDAR, CRESCER, SOMAR, AMAR?
Então quando a amada viu seu destino, pediu para a cena acabar,
mas como toda tragédia tem seu meio e seu fim... Da então amada, o amado estava afastado, lágrimas e vontade
de ir embora... Do amado só sentia seu silêncio que até incomodava. Quando
cerraram-se as cortinas, na plateia, além de todos, estavam os filhos...
No palco o amado e a amada, olhando-se nos olhos, sentiam muito
rancor, dor, ressentimento. Amor próprio ferido, falta de cumplicidade... A
amada, que não sentia-se mais amada, até que enfim abriu olhos vendo o choro
constante do amado que também sentia-se lesado, pedindo mais uma chance...
O casal sem hipocrisia agora neste ato, ainda estava adormecido,
como que anestesiado. Não conseguiam ir embora, porque a separação implica em
ter coragem!
No outro dia... Aí veio uma rosa, um soneto de separação, um
perdão, uma poesia... Davam-se a chance mais uma vez, porque no fundo ainda existia
esperança.
ATO III – CONVERSAR, DIALOGAR, A ESCOLHA AINDA ERA DELES, ATORES/
PACIENTES, HÁ A PLATÉIA A AJUDAR.
O ato é de espera! Que ironia, será que ainda queriam? Precisavam
abdicar de certos sentimentos e agora praticar o amor jurado... Então
aconteceram as carícias, delícias, que em outros dias eram ausência, medo,
solidão... Agora teriam que decidir, será a derradeira separação? Não
conseguiam um final, depois de suspiros de todos, um silencio longo, juravam um
ao outro não fingir mais não.
Cerram-se as cortinas! E a plateia pede, morte aos que sofrem! Os
atores voltaram ao palco por causa dos aplausos e dos gritos. Agradeceram... Na
plateia não estavam mais os filhos.
O amado e a amada sentiam-se mais saudáveis, mas ainda
questionavam: separar ou não? Amor verdadeiro agora ou recriações ainda?
Pediram que a plateia decidisse o final ou a continuação. Casamento sem
aparências... Alguém ainda gritou: coragem, riam, dancem, pode ser uma comédia!
Mas o amado e a amada sabiam que tanto na encenação como na vida real, a vida é
uma só! Decidiram: as recriações só no palco, na vida real queriam ser amados
sem recriações.
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