Sou a fêmea que afaga a cria
e lambe o dorso tremente do fruto viçoso e quente,
Germe que veio da terra, seiva e entranhas,
Transgênese!
Sou a mulher que conhece a semente
Germinando carente de água e sol,
Transformando-se,
Estufando, que a terra rebenta em
flor do seu ventre fecundado.
Sou como a terra, minhas entranhas não são mais mistério,
fecundada, devolvi à vida
Nas mutações, nas floradas todo o amor
Gratificado nos filhos que amo e entrego
À força do mundo
E trêmula acaricio seus cabelos de inocência,
Manhã de raios doirada! Eu e a terra:
Filho, árvore, fruto, nascendo do mesmo ventre!
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