Foi vendida a escola
com as risadas das crianças no recreio,
com as paredes que acolheram
o doce sorriso infantil.
Foi vendida com toda a severidade asfixiante
da diretora solteirona, dona Jorgina.
Com o incansável bater das bolas no chão.
Com as salas de aulas, que esperavam,
ofegantes, pela segunda-feira.
Com o triste vazio das férias.
Com o rangido dos velhos balanços
que um dia estiveram tão vigorosos
quanto aqueles que neles sentaram.
Com a raiva feliz do primeiro dia.
E com a amarga tristeza do último.
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