Do mais profundo do meu silêncio- Thereza Freirez


A água era densa de odor impuro
Sombras convulsivas giravam à nossa volta
Tocando músicas lúgubres com instrumentos sem corda...
Eram resinas espessas que caiam pela noite
Região pantanosa. Podridão infecunda.
L’orage tombait avec tout sa force sur nous
Les années sont passées
Heureusement nous sommes vivonts.
Em cada madrugada vi alhambas floridas
Com pungentes sinos debrucei em incenso Divino
-Rostos graves são velados à distância.
Cadáveres adormecidos de vozes tétricas
De traje vermelho entre ruínas
De roupagem sem pele.
Vi apodrecendo gente antiga
Enquanto, ao longe, lírios alvíssimos
Guardavam sua castidade.
Vi sonho ter fim em dor medonha.
No alto um pássaro estendia-me a mão.
-Il fait presque nuitPorque
a água estancou, se tornou densa e impura?
Porque o lago emergiu numa absurda imensidade?
Imagino, eu, não presa a um caudoloso lírio branco?
Toute ces questions se mêlent dans ma tête
Et quelque chose, dans mon coeur me dit:
-Ainda há troncos cobertos de flores
Onde lâmpadas brilhantes afastam todo o perigo
E transforma em montes alguns grãos de trigo.
Dans les circunstances ordinaires de la vie courante
Quem me identificará?
Lê soir tombait
Il est défendu de faire du buit
Au coucher de soleil
Je me repose un peu
Sob leis simples da natureza
Nos braços dum reino profundo
Presa em laços, fiel cuidado deste mundo.
Paisagem vazia que se chama vida
Apenas paisagem. Apenas vida...
Je sui heureuse, oui, mais en même
Temps j’ai peur, un peur qui me serre
La gorge et le couer
L’existence a un regard vide
Um canto célebre. Um barco de bronze. Um vento breve.


















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