Sem nome-Elizabeth Bevilacqua Areco



Acomodei as mãos sobre o teclado
e deixei dedos e pensamentos
se esbarrarem.
Intensos foram esses momentos.
Ternura escorreu por entre letras
que choravam o amor que tive um dia
e tenho só nos pensamentos.
Mas meus dedos se arrastavam
indolentes, preguiçosos,
buscando letras a combinar
com a saudade que permanece
apertando alma e coração.
Meus olhos choram na balada
silenciosa das palavras.
De repente brotam soluçantes
e cansadas.
Por que sofrer assim?
Por que poeta sofre e chora
amores que se foram?
Ah, um dia passa.
Embrulho o soluçar,
que misturando no presente,
ainda faço meu passado retornar.




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