Peço ao tempo
Que me dê tempo
Pois não mais me lembro
Do eu de outrora
Que me parece fora agora
Deitada à sombra das horas
Inclino meu pensamento
Que se rarefaz neste apartamento
As horas me afugentam
No centro de uma ciranda
Com risos insanos
A zombarem da minha memória
Peço perdão ao tempo
Pelos pecados que não cometi
Por você, por mim
Assim sendo,
Muito mais sofri
Peço perdão
Por aprisionar sentimentos,
Por abandonar sonhos e ilusões
Encontrando desencanto,
E, por fim, peço ao tempo
Que me dê acalento
Não me abandonando ao vento
Para que eu cresça e amadureça
A tempo de contemplar
A primavera da vida.
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