A tarde agoniza sobre os montes,
Nessas horas mornas, preguiçosas...
Tudo parece deixar-se acabar...
O sol descendo a linha do horizonte,
A luz deitando-se solene, sobre o mar...
Brancas espumas em flocos sobre as águas,
Fogem ligeiras, sereias mensageiras,
Quebrando as águas, jogam-se na areia,
Enquanto o anil do céu cai sobre o mar!...
Ao longe seguem vultos fugidios...
Velas brancas deslizam de mansinho,
Gaivotas soltas - levam mil barquinhos,
Vão pela noite, em alto mar, pescar...
O dia já se fez em despedida...
Réstias de fogo em lavas desprendidas,
rasgam no espaço, em languidez sentida,
O último adeus neste pôr-do-sol...
Mas, ninguém poderá saber se vão voltar!...
É noite alta...A lua está alerta...
Sentinela atenta...O eterno farol,
Tomando conta do homem do mar...
Perigosa lida pelo mar aberto...
Mas, na esperança da manhã chegar,
Puxando as redes cheias de iguarias,
Vencendo as horas pela freguesia,
Traz ele, das entranhas do oceano,
A missão cumprida em seu cotidiano:
Saber que as mesas, vai poder fartar!...
Ao alvorecer o sol vem despontando
Tingindo o céu de um dourado intenso,
Abrindo o dia em foco incandescente,
Brilha nas águas, em réstias de Luz
A refletir o céu em gamas de azuis
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