O tempo se arrasta morno
Pelas tardes ao léu
Intermináveis dias longos
De tom pastel
Tudo está normal
Tudo está igual
As mesmas pessoas
As mesmas vozes
O mesmo assunto
O mesmo mormaço
A mesma paisagem
Um ou outro defunto
E o mesmo cansaço
Tudo se repete
Dia a dia
Ano a ano
Com a mesma apatia
A notícia não importa
A novidade não importa
A vida não importa
Apenas a rotina
Vazia e morta
Enquanto o relógio
Faz a volta do ponteiro
E eu leio
Jean Paul Sartre no banheiro.
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