Uma antologia sempre será múltipla e enquanto diversa, uma surpresa. E esta segue as regras. Tendo Ribeirão Preto como palco, os cronistas e contistas como astros, Irene Coimbra como guia e o ponto e a vírgula como ritmo, a antologia a que todos passamos a ter acesso com esta obra reúne um elenco de formação variada, com estilos próprios e méritos inquestionáveis.
Um conto antes do ponto e uma crônica depois da vírgula e esta antologia se faz reveladora das surpresas literárias que Ribeirão Preto abriga.
Ela desnuda o grupo enquanto conjunto, veste de maneira diferente cada autor e reveste de sentimentos as palavras publicadas.
A diversidade nas mensagens também não é obra do acaso, mas da força literária que os autores emprestam uns aos outros quando juntos resolvem publicar uma obra.
Do singelo ao agressivo. Do igual ao diferente. Do intenso ao linear. Da poesia à rebeldia. Do romântico ao emblemático. Do cívico ao fantasioso.
A antologia Ponto & Vírgula não surge modesta, mas pretensiosa. Enaltece autores consagrados e permite os novatos numa proposta não hierárquica.
A ordem a que se propõem é alfabética nunca conceitual. De “A” a “V” os autores se organizam e os temas vão e veem num movimento literário que permite o leitor a também se movimentar.
A possibilidade de uma desordem na leitura enriquece de novas possibilidades, pois a isso se propõem uma antologia que não divide, mas soma os muitos num único livro.
Um presente para quem gosta de ler. Um passeio para quem se deixa envolver.
Um registro para a história da literatura de Ribeirão Preto.
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