TRIBUTO SAUDADE AO POETA/ATOR ALVIM BARBOSA, QUE ERA SÓ CORAÇÃO E GENEROSIDADE... (in Memoriam)- Aldair Barbosa
“Dizem que o mineiro trabalha em silêncio, portanto, o poeta mineiro de Resplendor não poderia ser diferente. Seu silêncio doído é o trabalho de parto, para doar ao mundo toda a beleza de sua criação poética.
Na quietude de seu sono eterno, Alvim frutifica. A voz maviosa do ator/autor repousa tranquila na mansidão dos que percebem ter cumprido sua missão terrena: são poemas, crônicas, contos, peças dramáticas, projetos artísticos, representações marcantes. Sonhos realizados e por realizar. Angústia da procura, “sinfonia da ausência”, visão do “tempo na ponte”. O reconhecimento do que deveria ser e não foi. A constatação do inevitável. A paixão pela vida. O inesperado da morte.”
Rosa Maria de Britto Cosenza
Ainda muito jovem, década de 50, na “Página Literária Alvim Barbosa”, do jornal Diário da Manhã de Ribeirão Preto, onde iniciou sua atividade jornalística e literária (1954), em sua coluna especial “Galeria de Imagens”, repositório de seus sonhos, Alvim registra: poemas, crônicas, contos, resenha de livros, críticas literárias, entrevistas, reportagens e também uma correspondência afetiva de rara beleza e sensibilidade com seu fraterno amigo e guru cultural, Paulo Bomfim. Seu primeiro livro de poemas, “Sinfonia da Ausência” de 1956, publicado pela Martins Editora, foi dedicado a dois poetas, amigos queridíssimos: Laurindo de Britto e Paulo Bomfim, na época companheiros especiais do universo das Letras.
Com permissão do grande poeta amigo Paulo Bomfim, Príncipe dos Poetas Brasileiros, transcrevo a seguir uma mostra literária e poética do fraternal relacionamento registrado na “Galeria de Imagens” na década de 50.
Continua...
12a. Antologia Ponto & Vírgula - Página 70
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