Chegou o momento.
Tirou a máscara de importância
e sua insignificância emergiu.
Desceu do tablado, fechou a cortina, apagou a luz.
Chamou por alguém, estendeu a mão, chegou a sorrir,
mas teve medo e se arrependeu.
Olhou para trás, estremeceu.
Baixou o olhar e disfarçou.
Quis falar, não conseguiu.
Quis pedir mas não ousou.
Quis dar-se... e...
vacilou.
Ficou sozinho.
Olhou-se no espelho, chorou.
Ninguém mais o reconheceu.
Vagou pelas ruas cabisbaixo, acabrunhado,
olhar parado,
olhar cansado,
olhar vazio.
Chamou por si, não respondeu.
Pobre coitado, nem chamou por Deus!
Com a máscara despiu a fé
e agora, já nem sabe mais quem é
esse fantasma que perdeu seu “eu”.
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