O meu modo de viver todo mundo vai saber,
Mesmo se alguém não quiser
Minha vida é livro aberto se estou errado ou certo
Cada um pensa o que quer.
Mostro o pau que mato a cobra; eu sou pau pra qualquer obra
E enfrento o que vier.
O que eu acho sempre bom, um copo cheio na mão
Juntinho de uma mulher.
O que atrapalha minha vida é o “se”: se não fosse o spc
Minha vida era comprar
Eu nem sei o que é salário, mas para abrir um crediário
Estou em primeiro lugar.
Muitos dizem que eu não presto; eu sou malandro honesto
Só não gosto de pagar.
Mas se ninguém é perfeito, este pequeno defeito
Ninguém deve reparar.
Moradia tenho aos montes; no subsolo das pontes
Faço a minha morada
Se quer saber vivo bem; talão de água não vem
E a luz nunca é cortada.
Qualquer mulher faz meu gosto; sendo sexo oposto
Eu nunca reclamo nada
Não tenho gás nem fogão; não ligo pra isso não
Levo a vida embolada.
Coisa que ninguém enjoa, amaldiçoada e boa
Que tem nome de dinheiro
Se eu fosse abonado seria homem formado
Talvez grande engenheiro.
Como dinheiro não tenho, para ser dono de engenho
Mas eu bebo o dia inteiro
De boteco em boteco faço aquele repeteco
Num jeitinho brasileiro.
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