Todos têm o direito de ir e vir.
O país do futebol foi, e veio o da corrupção.
Acho que tem faculdade para a arte de mentir,
saber trocar o não pelo sim e o sim, pelo não.
Chega de palanques para papos furados.
Chega de aplausos a tantos falsários.
Quase todos estão preocupados
em ampliar os respectivos salários.
Como eu gostaria de elogiar,
mas não vou tapar o sol com a peneira.
Demagogia demais se eu falar
que a nossa crise é passageira.
Eles se agridem só de mentirinha,
porque a mina não pode secar.
E a cozinheira da pobre cozinha
procura e não tem o que cozinhar.
Se eu queimasse minha língua seria maravilha,
daria, com prazer, minha mão à palmatória.
Se alguns daqueles do Planalto, lá em Brasília,
a partir de 2019 mudassem a nossa história.
Às vezes pergunto ao meu coração
se a corrupção no Brasil vai acabar.
Ele me responde sim ou não,
porque não sei quando Cristo vai voltar.
Antologia Ponto & Vírgula - No. 13 - Pág. 5
Editora FUNPEC
Coordenação de Irene Coimbra
Comentários
Enviar um comentário