Regue a palavra para produzir flores,
Frutos e sementes.
Regre a palavra,
Para que não murchem os rebentos.
Carregue e leve a palavra
Para o encanto dos atentos.
Fale...
Declame...
Cante...
Nem que seja palavra ao vento.
Pelo vento as sementes viajam,
Encontram mentes férteis, sedentas.
Leve a palavra,
Ensine a leitura.
Que a palavra escrita,
Não fique restrita.
Não permita o esquecimento.
Leve a palavra,
Nem que seja palavra ao vento.
Leve a palavra.
Escreva...
Leia...
Nem que seja palavra ao vento.
Livros...
Palavra escrita.
Não permitam o esquecimento.
Sementes adormecidas,
Acordem...
Despertem palavras vivas,
Que criem fortes raízes
Que mesmo na tempestade
Acalmem
E alimentem almas.
Antologia Ponto & Vírgula - No. 13 - Pág. 29
Editora FUNPEC
Coordenação de Irene Coimbra
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