Quantas vezes vêm-me a tristeza das tardes,
o vazio e a solidão
que a noite guarda em seu sepulcro.
Quanto mais se o vento sopra,
frio, tenebroso, barulhento,
no seu uivo desesperado.
Mais triste ainda, torna-se o vento,
aumentando minha tristeza,
quando vem lambendo o espaço,
apagando rastros de sonhos
deixados pelos caminhos.
Daí, o que poderia ser sonho eterno,
torna-se fugaz, passageiro...
Num instante, o curso de uma vida,
toma outro rumo.
Quem dera!
Horas felizes
Fossem eternas...
Quem dera!
Horas amargas,
Fugazes, passageiras...
Mas, como nem sempre o vento traz
a brisa fresca da manhã,
a alegria da tarde,
o descanso da madrugada,
continuo meu caminho...
Se triste ou sozinha vou seguindo
o rumo do vento!
Antologia Ponto & Vírgula - No. 13 - Pág. 41
Editora FUNPEC
Coordenação de Irene Coimbra
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