Caminhando 14- Idemar de Souza

Disse, ao depois, à Dona Júlia o que passara
A justa reprimenda esperando e costumeira
Mas enganei-me desta vez. Quanta besteira
Ela me disse: Já sabia que você se enganara.

Que nobre é o amor! Que lindo sentimento!
Externou-se Dona Júlia, com doçura, carinhosa.
Assim também sofri desta dor tão caprichosa
Quando ele chega, vai embora o pensamento.

Choraram os olhos de Juju, fixando-se à janela.
Houvera alguém em sua vida, algum instante?
Os meus investigaram. Assentir, seria um fardo.

E tão contemplativo eu fitei o seu semblante
Que sua imagem, que era lânguida, ainda guardo
Não pude suportar tamanha dor. Chorei com ela.


Poema de Idemar de Souza em Destaque na 43a. Revista Ponto & Vírgula.. 
Idemar é Poeta, membro da Casa do Poeta e Escritor de Ribeirão Preto










































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