Abri o armário e lá estavam elas,
todas sorridentes!
Cada uma recebeu um abraço.
Alegria, felicidade!
Quantas histórias contidas ali!
Ah, nem mesmo sei.
Suas fisionomias não mudaram.
Umas sorrindo outras sérias
com trajes perfeitos.
Quanto tempo! Quantos sonhos!
Realizados? Talvez.
Hoje, como eu, descansam.
Apenas eu trago no rosto
a marca do tempo,
numa pele, não de porcelana.
Recordo os abraços carinhosos
que vieram com elas...
Perfeitas, lindas, mas sem Vida!
Poema de Marlene Cerviglieri em Destaque na 43a. Revista Ponto & Vírgula (Bimestre janeiro/fevereiro/2019).
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