Janela Aberta- Elisa Alderani



O poeta se encanta e canta...

à frente da janela aberta,
ele sonha e contempla ...
as folhas ressequidas que do galho se desprendem
e a brisa, que longe as leva, 
tal borboletas coloridas...
Os pensamentos dele longe voam
alcançam o céu do poente
o sol cansado se pondo lento
no horizonte infinito do longo dia...
Poeta contempla!
A lua outonal é toda sua,
desponta tímida e desbotada 
qual uma vida desgastada, 
mas, esquece o seu passado.
Contempla as luzes das ruas
e das janelas dos prédios...
vaga-lumes da modernidade.
Os carros são lobos famintos 
com olhos de fogo correndo
atrás da presa, que nunca alcançam.
E as serestas?
Perderam-se no tempo...
Somente a janela do poeta está aberta!



Poema de Elisa Alderani - 14a. Antologia Ponto & Vírgula -
Coordenação: Irene Coimbra - Editora FUNPEC.






















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