Eu vejo além dos que veem,
as aparências não me enganam.
Eu faço uma DEMARCHÊ,
eu lhes dispo, seus “sacanas”.
Há de em algum momento,
o gelo se derreter.
E o ser valorizado integralmente,
pela vida sentir prazer!
Se vou ser público ou massa,
depende muito de mim.
Se me calo, fazem o que querem,
se eu grito, zombam de mim!
Prazer por ser integrante,
de um mundo justo e leal.
Onde o lucro e a ganância,
não se faça um ritual!
Vocês trazem tudo pronto...
a massa tem que seguir.
Nem sentido mais tem suas vidas,
mas cegos, só querem o poder de agir!
Que o público seja deposto,
para a comunidade viver:
Que todos recebam um pouco,
do que só poucos podem ter!
Mesmo que seja sozinha,
eu grito e clamo mudança.
O mundo caminha sem rumo,
o homem perdeu a esperança!
Não sou morna, espiritualmente,
meu coração bate feliz.
Pois está dentro de um corpo,
que não morrerá dizendo: Não fiz!
Estou sempre a perguntar,
e quero chegar às respostas.
Desejo, sem vergonha nenhuma,
saber o que há atrás das portas!
Meu objetivo é o fato social,
desejo uma sociedade integrada.
Não posso morrer sem lutar,
pelo ser humano sou apaixonada!
Eu amo este ser perdido,
que a ilusão já perdeu.
Não posso deixá-lo só...
ainda acredito em DEUS!
Não quero ver meios homens...
quero vê-los por inteiro.
Sem deformidade causada,
por injustiça e dinheiro!!!
Poema de Regina Alves - Pág. 56 - 14a. Antologia Ponto & Vírgula - Coordenação: Irene Coimbra - Editora: FUNPEC
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