Minha razão- Marlene Cerviglieri



No meu silêncio interior...
nada ouço.
No olhar distante, perdido,
nada vejo.
Meus ouvidos não ouvem,
minha fala não sai.
Somente os meus pensamentos
atordoados, misturando-se
no vazio desta noite escura.
Dos olhos transbordam
as lágrimas sufocadas,
na sensação da inutilidade,
rasgando um coração aflito,
implorando pela razão.
Razão única 
a de viver em paz,
amar sem sofrimento,
dar sem receber,
não esperando,
apenas amando.


Poema de Marlene Cerviglieri na 14a. Antologia Ponto & Vírgula - Pág. 46 - Editora: FUNPEC.





















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