XIII - Caminhando- Idemar de Souza



Então me recostei, pensativo, nos seus braços,...
Para haver, como sempre, um gesto afetuoso.
Essas duas âncoras me abraçaram, tão gostoso,
Que aumentaram, ainda mais, os nossos laços.



E, depois disso, decidiu que me devia revelar
Que já sabia que aquele amor me frustraria.
Compreendi, de logo, sem esforço, que dizia
Quão inocente fui,como ela, ao me entregar.



Ilustrou-me como é um sentimento verdadeiro,
Desses que nos faz um ser feliz, inconsequente,
Que até nos torna um salvador de perseguidos,



E que, não em raro, faz de nós, um ser valente.
Uma lágrima e um soluço mantive-os contidos
E sobreveio um melancólico suspiro derradeiro!



Soneto de Idemar de Souza - 14a. Antologia Ponto & Vírgula - Pág. 25 -Coordenação: Irene Coimbra - Editora FUNPEC.




























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