Era começo da tarde quando nuvens pejadas, vestidas de negro, caminhando de modo sinistro, anunciaram a chegada do Temporal.
Da janela de minha sala, com muito medo, as observava. Olhava para elas e para a majestosa figueira do parque.
Primeiro o vento, de forma acariciante, tocou suas folhas. Depois, violento, a fustigou sem piedade. Seus galhos se retorciam, suas folhas eram arrancadas e jogadas ao longe, mas resistia bravamente!
Raios e trovões, para meu desespero, aumentavam aquele espetáculo de horror.
Por fim a tempestade passou!
Aquela Figueira, altiva e silenciosa, acabava de dar-me uma grande lição!
Que importa os reveses da vida? Eles não duram para sempre!
Irene Coimbra
Irene Coimbra
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