Voltava eu para casa meditando na luta do dia a dia, quando, sem perceber, passei sobre um buraco recém recapeado.
O barulho de centenas de pedrinhas se chocaram contra a lataria de meu carro o que fez com que, mentalmente, as amaldiçoasse: - Malditas pedrinhas!
Aborrecida cheguei em casa e fui examinar as marcas que deviam ter feito na lataria. Ainda estavam ali grudadas!
Irada as encarei! Petrificadas me olharam.
- Estão loucas? Por que se atiraram contra meu carro dessa maneira? Que culpa tenho eu se as jogaram naquele buraco?
A líder, certamente, me encarou com olhar pétreo e retrucou:
- Morrer como tapa buracos jamais! Nosso sonho vai além! Queremos viver entre flores sendo inspiração para os poetas também. É preferível arriscar a própria vida que ser por um buraco engolida.
Diante de tão forte argumento não pude resistir. Retirei-as com cuidado da lataria e as espalhei entre as flores de meu jardim para que sempre, ao olhar pra elas, me lembre da lição que deram a mim!
Irene Coimbra
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