Caminhava eu, tranquilamente, pela rua,
conversando comigo mesma,
quando, de repente, ouvi alguém gritar.
Ei, volte aqui!
Onde pensa que vai?
Quem lhe deu permissão pra andar
falando assim pela rua?
Curiosa, olhei para trás e a vi!
Era ela de novo!
Tentei acalmá-la dizendo que estava tudo bem,
e que para falar comigo mesma,
não precisava da permissão de ninguém.
Mas, ao invés de acalmá-la, mais furiosa ficou,
investiu contra mim e me esbofeteou.
Encarei-a e amordacei-a!
Continuei caminhando e falando comigo mesma:
Poderão me impedir de falar com alguém,
mas comigo mesma, ninguém!
Irene Coimbra
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