Já é madrugada
e ainda continuo acordada...
Tantas coisas martelando minha mente
e a saudade de você me chega de repente...
Imagens da infância vão aparecendo
e o passado vou revivendo...
Me vejo pequenina
vendo-a fazer aquele pão caseiro
que eu tanto gostava,
naquele forno à lenha,
vermelho de brasas...
Vejo-a me abraçando
e meus medos afugentando...
Vejo-me adolescente
e você me ouvindo sempre paciente...
Vejo-a com um olhar risonho
me ouvindo falar de meus sonhos...
Vejo-a ao meu lado
ao me tornar mãe também,
cuidando de mim
com um carinho sem fim...
Ah, mãe, que saudade de você!
Você tinha mesmo que morrer?
Irene Coimbra
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