Quase me entreguei a ele...- Irene Coimbra


                                                                                                    
À princípio me olhou de longe como que não querendo nada.
Depois, lentamente se aproximou e, de modo insinuante, me olhou.
Seu olhar tinha um não sei quê de hipnotizante
que me cativou no mesmo instante.
Cumprimentou-me de modo educado e,
calmamente, se sentou ao meu lado.

 Começou a conversar comigo...
O tom de sua voz era agradável e, encantada,
fui me deixando levar sem querer pensar em nada. 

A maciez da poltrona convidava-me a me deitar...
Aquele olhar hipnotizante deixava-me sem reação
 e, dentro de mim, apenas o pulsar do coração.

Prestes a me entregar a ele,
uma voz categórica, vinda não sei de onde, gritou:

“NÃO FAÇA ISSO!
Levante-se e saia dessa letargia!
Vá fazer uma caminhada, visite suas amigas,
converse e dê boas risadas.
Tudo que os invejosos querem é que se entregue ao DESÂNIMO.
É isso que quer? Desistir de seus sonhos?”

De um salto me levantei!

Graças a Deus e àquela voz que me alertou!
Pronta, de novo, pra luta do dia-a-dia
 e, pra começar, compartilho com você esta minha poesia!

*****

Jamais se entregue ao desânimo! 

Irene Coimbra





















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