Me ajuda, Pai!- Irene Coimbra


                                                           
            Nunca me esquecerei daquele culto dominical, na capela, quando a pequenina Tayná, garotinha esperta, de apenas 4 aninhos, vendo os irmãos se levantarem e irem até o púlpito, para prestarem seus testemunhos sobre a veracidade da Palavra de Deus, disse que também queria falar.
            O pai, carinhoso, a pegou pela mão e a ajudou a subir a escada em direção ao púlpito.
            Todos nós a olhávamos com admiração.
            Ia toda alegrinha, confiante, descontraída e animada, segurando a mão do pai.
            Decidida, pegou o microfone, subiu no banquinho para alcançar o púlpito, mas quando olhou para frente e viu todos olhando para ela, atrapalhou-se, virou-se para o pai e falou: “Me ajuda, pai!”
            Foi tão incisiva sua fala e tão alto soou, que ninguém conseguiu conter o riso.
            O pai abaixou-se e, carinhosamente, foi sussurrando palavras em seu ouvido. Palavras que ela ia repetindo, sem saber sequer o significado delas.
            Naquele instante o Espírito sussurrou em meu ouvido:
            “Diante do Pai Celestial, você também é assim, como essa menininha. Não tenha receio de pedir ajuda a Ele, quando se sentir atrapalhada, sem saber o que fazer. Ele a tomará pela mão e sussurrará em seu ouvido o que deverá fazer. Confia Nele!
            Chorei naquele momento.
            - Me ajuda, Pai!




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