Eu fazia um levantamento
dos verbos terminados em ar
no artigo de uma revista
que falava sobre o mar.
E, para minha surpresa,
ao terminar percebi,
que o verbo Amar
não se encontrava ali.
Comecei a me interrogar
qual seria a razão,
da ausência daquele verbo
do artigo em questão.
Minha mente não concebia
a ausência do verbo Amar
De um artigo que parecia
ter tudo a ver com o mar.
Fiquei pensando no autor
que escrevera tal artigo
e enquanto eu pensava
assim falava comigo:
“Por que será que o verbo Amar
aqui ele ignorou?
Será que para ele
o amor nunca importou?
Escrevi para o autor
e essa pergunta lhe fiz
e, para minha surpresa,
eis o que ele diz:
“Eu esperava de tudo
em resposta ao meu artigo,
mas confesso que essa pergunta
não ocorreu aqui comigo.
E, pra falar a verdade,
você me deixou intrigado,
mais que isso... do modo como falou,
me deixou apaixonado.
Acredito ser você
aquela que eu esperava
e que um dia uma cigana
disse que no mar estava.
Por isso lhe proponho
vir encontrar-se comigo
para que, pessoalmente,
discutamos meu artigo.”
* * * * *
Do livro: “Entre Poemas” – Pág. 90 – Irene Coimbra
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