Sinto meu ser desertificar quando tua presença não há.
Seco na aridez do teu silêncio que me nega,
da tua lembrança que me esquece, da tua presença tão distante,
do teu olhar que não me vê.
Quero contar que me invadiram tantos pensamentos e sentimentos,
Quero contar que me invadiram tantos pensamentos e sentimentos,
mas não consigo explicar essa implosão que me engole,
pois minha voz se cala quando o desencontro vem, sinto meu peito amarrar,
pois minha voz se cala quando o desencontro vem, sinto meu peito amarrar,
minha boca amargar, vou me entregando pouco a pouco nesta guerra.
Lutar já nem quero, nem fugir consigo, sou um escravo aguilhoado,
Lutar já nem quero, nem fugir consigo, sou um escravo aguilhoado,
um asteróide preso à gravidade que te cerca e que me mantém longe de ti,
nesta órbita do impossível.
Desertificando, enlouquecendo vou morrendo, pois tudo quanto almejei foi vida.
Desertificando, enlouquecendo vou morrendo, pois tudo quanto almejei foi vida.
Morrendo, tanto quanto podia ter vivido, vou escrevendo minha solidão na areia
que vou me tornando e que o vento trata de levar.
O mesmo vento que outrora foi ventania e derrubou minha floresta de alegria.
Resta-me nada mais que mais dúvidas a se juntar a toda minha incerteza.
Resta-me nada mais que mais dúvidas a se juntar a toda minha incerteza.
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