Hoje, distraidamente, para a rua estava olhando,
quando numa pequena poça d’água,
vi um pardal e uma rolinha, alegremente, se banhando.
Como era a primeira vez que aquela cena eu via,
fui me sentindo atraída pelo modo como o pardal fazia.
Ele mergulhava o corpinho dentro daquela pocinha
logo depois ressurgia e as asinhas batia.
Via então, alegremente, a rolinha o imitando,
e durante muito tempo o show continuei olhando.
Do lugar onde eu estava podia observá-los bem,
sem que os assustasse e sem que me vissem também.
Talvez por ser mais esbelto e ela ser mais gordinha,
o pardal era mais ágil e a rolinha mais lerdinha.
Mas isso não impedia que o pardal continuasse
a ensinar a rolinha o modo como nadasse.
Pareciam tão felizes ali naquela pocinha
e cada um a seu modo fazia uma gracinha.
Indiferentes aos outros pássaros que rente a eles voavam,
brincando os dois juntinhos, seu grande show eles davam.
Era como se desafiassem todas as leis naturais,
rindo o tempo inteiro e desprezando tudo mais.
Isso fez com que eu pensasse naqueles que não vivem bem,
porque não rompem as barreiras do preconceito também.
Ao ver o pardal brincando ali com aquela rolinha,
fiquei pensando na lição que daquele modo vinha.
Espero que ao ler esse poema, “O Pardal e a Rolinha”
você possa entender o que eu quis dizer entrelinhas.
Mas se você não entender não se preocupe não,
talvez não seja por aqui que aprenderá uma lição
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