1888- Gisele Paulino



áurea.
aurora ruge.
aonde vão?
onde estão?
são nossas mãos cansadas da dor.
2020 nada mudou
aonde vão?
Onde estão?
continuam a doer
nossas mãos.
Poema da diáspora
Sou mulher, sou negra.
Negritude é a minha essência...
Pele negra, escurecida, a cor da noite.
Diáspora
Ancestralidade
Honrosa é a minha história
Vida. Coragem. Resistência
Sou Força, sou África!
A coroa negada busquei. Rainha sou
Liberdade. Hoje. Amanhã. Eternamente
Grilhões quebrados. Eis-me aqui, mãe África!
Irei ao teu encontro
Marcas. Cicatrizes. Voz silenciada.
Nunca mais!
Coroai-me, mãe África. Quero agora abraçar-te
Não mais Ser de outro!
Resisti. Meu verniz não será mais vergonha
Belos são meus traços. Pixaim são meus cabelos,
Minha beleza outrora questionável...
Belos são teus olhos cujo espelho reflete
Oh! Mulher da pele preta!



 

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