A Vida não é um Ensaio, Oh, Homem!- Maria Aparecida de Rezende Gaiofato


Oh! Homem!
A vida não é ensaio.
No embrulhado dos dias, no obscuro
Na cruzada da poesia, ideias desconstruo.

Melódico, necessário, território ambíguo,
De lucidez e loucura,
Retratos  de um  homem nascituro.

Desvairado ou lúcido
A caminho peregrina.
Entre o privado e o público
Limite alternado
Nem sempre alcançado
No evoluir percorrido
Almejado.

O forte e o fraco,
O homem é interpelado,
O seguro desmesurado,
O tímido que se encolhe,
Estremece enquadrado
De parcos sonhos, atropelado.

E no descuido das horas, no palco
O louco, o belo, o sonhador, o irônico,
O gênio, o perverso, bem humorado, o delicado.

Revolve em mim toda a alma do outro
Que eterno se vê e quer.
Toda imagem  espelhada
Que se tem idealiza
Na certeza insegura que se cria.

Escolhe, decide iludido,
Encena uma verdade
Que pensa que se É,
Tudo aquilo,
Céu, inferno, todo dia
Diversidade,
Vida consumida,
Desassossego e ruído.


Comentários