A saudade passeava pela estação de trem, durante o pôr do sol.
O movimento cessava àquela hora.
Caminhava sozinha por entre bancos e pilares.
Encontrou a tristeza num banco cabisbaixa e chateada.
A raiva estava ao seu lado,
enchendo sua cabeça com calúnias sobre a alegria.
A tristeza entristecia cada vez mais.
Então, com um leve sopro,
a saudade acalmou seu coração, que logo esqueceu a raiva.
Deu a mão para aquele sentimento.
Deixou nele a sensação gostosa
de que só quem realmente ama pode sentir.
E saiu pela estação.
Sozinha, assim como aqueles,
que recebem o seu leve sopro, devem estar.
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